O tráfico de pessoas é tido como um dos negócios mais lucrativos de todo o mundo. Um crime que encontra guarida em ilusões de uma vida melhor fora do país e na ganância dos que exploram o corpo e o serviço alheios sem nada – ou quase nada – pagar em troca. De acordo com dados da Safernet Brasil, entidade que atua no combate aos crimes cibernéticos, o número de denúncias de tráfico de pessoas cresceu 89% no primeiro trimestre de 2011, se comparado ao mesmo período do ano passado.
Entre janeiro e março do ano passado, foram registradas apenas oito denúncias – cinco delas contra o site de relacionamentos Orkut. Nos primeiros meses deste ano, no entanto, o número subiu para 76 denúncias. O Orkut novamente foi o campeão, com 39 denúncias. Em 2010, o site da instituição recebeu 372 denúncias contra o tráfico de pessoas – 267 contra o Orkut.
O diretor-presidente da Safernet Brasil, Thiago Tavares, explica que o site de relacionamentos abriga diversas comunidades de pessoas que pretendem ir embora do Brasil, geralmente para trabalhar na indústria do sexo, ao mesmo tempo em que outras comunidades virtuais fazem a ponte entre os brasileiros e os supostos empregadores, a maior parte da Europa.
– Tem sido uma tendência nas redes sociais. Por si só, isso não caracteriza o tráfico, mas sim a partir do momento em que a pessoa vai, tem o passaporte apreendido e passa a trabalhar em condições análogas às de escravo – explica Tavares.
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