Produtores de cacau ainda tentam se recuperar

O cacaueiro vem sofrendo as ações da vassoura de bruxa desde 1988.

Vinte e um anos após seu surgimento, no já distante ano de 1989, os cacaueiros da Bahia ainda tentam se recuperar do prejuízo que a praga vassoura-de-bruxa trouxe a eles.


Responsável pela destruição de plantações inteiras de cacau em solo baiano, a praga também aniquilou investimentos e quebrou o ciclo de ouro de uma cadeia antes extremamente produtiva.

O Brasil, até a década de 1980, era o segundo maior exportador de cacau do mundo, mas caiu subitamente no ranking de produtores. Em 1989, num prazo de dias, o cacau ressecou.

As amêndoas, por sua vez, ficaram negras e murchas como nozes esponjosas. A vassoura-de-bruxa infectou 45 milhões de cacaueiros, o equivalente a 80% da produção de Ilhéus, gerando desemprego e deixando sem rumo econômico o Sul da Bahia.

“Muitos desistiram do cacau e abandonaram suas fazendas.

O pior de tudo é que a infraestrutura rodoviária é muito boa, apesar de termos algumas estradas de terra.

O que não temos é o produto em quantidade suficiente e abundante para exportar, como ocorria nos anos 80”, reclama Thomas Hartmann, um dos maiores especialistas em cacau no Brasil.

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